Você já ouviu falar da mais nova rede social que surgiu para disputar a atenção dos usuários? Com um formato único, o áudio é o grande protagonista do Clubhouse. Algumas pessoas o descrevem como um podcast em tempo real, um zoom sem imagem e outros como um “festival” de salas e conversas.
O conteúdo é ao vivo e efêmero, nada fica gravado ou salvo na plataforma. Os temas das salas são diversos, de BBB a tecnologia, passando por gastronomia e marketing digital, e ainda há espaço para aquela famosa “resenha” de mesa de bar (que antes só podia ser presencial). Os usuários podem pesquisar as salas por assuntos de interesse e montar a própria programação – ser organizado e pontual é importante para não perder nada do que rola na plataforma, fica a dica!
As salas do aplicativo podem chegar a ter 5 mil participantes simultâneos e o criador do bate-papo pode controlar a autorização de uso dos microfones dos participantes. Vale destacar que sua duração possui tempo determinado .
O aplicativo foi lançado em abril de 2020, neste período estava disponível apenas para iOS – sistema operacional da Apple – e só entrava quem era convidado. Isso criou um buzz e uma sensação de exclusividade; ninguém queria ficar de fora. Atualmente, a ferramenta funciona no sistema operacional Android e o sistema de convite não é mais necessário.
Curiosidades:
- Em janeiro deste ano, o valor de mercado do app já ultrapassava US$ 1 bilhão, após uma rodada de US$ 100 milhões de investimento.
- O boom veio no fim de janeiro de 2021, após o bilionário Elon Musk ter conversado com o presidente da plataforma de investimentos Robinhood, Vlad Tenev, pelo app.
- Segundo os fundadores do aplicativo, 2 milhões de pessoas em todo o mundo participam da rede social. Destaque para alguns famosos como: Elon Musk, Oprah Winfrey, Drake, Chris Rock, Ashton Kutcher, Boninho, Anitta, Rafinha Bastos e Felipe Neto.
- No Brasil, a plataforma também tem conquistado as lideranças de marketing, como o CMO da IBM, Marcelo Trevisani, e Marcela Rezende, CMO da Alpargatas, além de jornalistas e influenciadores.
- Após o seu lançamento, era possível achar convites por até R$ 279 no Mercado Livre.
- Entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, as buscas no Google pelo app aumentaram 525% em relação à semana anterior. A maioria pesquisava sobre como obter o convite, como funcionava, o que é a rede social e se havia uma versão para o sistema operacional Android.
- Apesar da queda de 72% das instalações entre fevereiro e março, desde o lançamento da versão para Android, em maio, 10 milhões de usuários se cadastraram.
- A Audi foi a primeira marca no Brasil a promover um painel na rede social com o tema “A Era dos Carros Elétricos, Powered by Audi”. A marca mediou a troca de experiências e informações sobre a propriedade, o uso e a transição para os veículos 100% elétricos.
Além de ser uma plataforma de áudio, o Clubhouse pode ser um local para as empresas se tornarem mais autênticas e humanas, ao criar diálogos com seus consumidores em tempo real, de forma transparente e com baixo custo, já que não demanda pré-produção e câmera, entre outros.
Outro ponto legal é que as conversas são nichadas. Apesar de ser focada em perfis pessoais, é uma boa oportunidade para promover conversas que vão além do negócio da marca e geram benefícios sociais. Apostar em porta-vozes para criar essa conexão e estreitar essa interação pode ser um caminho.
Fora que a rede social pode ser um excelente lugar para obter insights criativos em relação ao negócio, sendo mais uma ferramenta de marketing. Porém, as marcas precisam estar preparadas para ouvir críticas, visto que as salas acontecem em tempo real e não há edição – importante frisar.
O que se percebe é que o Clubhouse veio ocupar o espaço da voz nas redes sociais, o que mostra como o áudio digital está cada vez mais relevante e é consumido e buscado. Essa mudança de comportamento se dá pela sua flexibilidade, porque muitas vezes o conteúdo pode ser consumido em diferentes situações e como segunda tela.
Seu sucesso inicial foi tão grande que fez com que outras empresas corressem para seguir a onda. O Twitter, por exemplo, disponibilizou no início de março o recurso de áudio Spaces para pessoas que usam Android. Já o Spotify anunciou a compra do Locker Room, um concorrente focado em conversas com fãs de esportes, e lançou o Greenroom.
O aumento do interesse dos anunciantes em conteúdo de áudio digital e planos de expansão do app, trazem boa perspectiva para o negócio. A plataforma, por exemplo, anunciou o novo recurso de monetização que permite que os criadores sejam pagos diretamente no Clubhouse.
Há também a parceria com o TED, que vai trazer áudios online e exclusivos a uma sala oficial que terá conteúdos semanais. O acordo permite a venda de anúncios e patrocínios.
Agora é aguardar e conferir o que vai sobrar após o hype.
