80% dos brasileiros estão presentes em pelo menos uma rede social, onde constantemente publicam suas opiniões sobre diferentes assuntos. Ao divulgar onde trabalha, o colaborador passa a representar a empresa no ambiente digital e, por isso, deve seguir normas para preservar a imagem da companhia.

O que é e para que serve?

O manual tem como objetivo assegurar a confidencialidade das informações internas e instruir colaboradores, terceiros e fornecedores sobre a melhor forma de usar as redes sociais e o que divulgar sobre a empresa nesses ambientes.

Além disso, orienta como agir em diferentes situações em que a empresa seja citada.

A empresa deve se basear em seu Código de Ética e Conduta para determinar quais ações serão ou não permitidas nas plataformas das redes sociais.

Áreas que devem ser envolvidas na confecção do manual

Compliance

Comunicação Interna

Comunicação Externa

Recursos Humanos

Jurídico

Casos em que um manual de boas práticas poderia ser útil

Caso 1

Em 2019, um homem foi demitido após comentar de forma ofensiva em um post sobre lideranças LGBTQIAP+ no LinkedIn de outra empresa. Diversas pessoas marcaram o perfil da companhia onde ele trabalhava, para que ela tomasse providências; momentos depois, a empresa comunicou publicamente a demissão do colaborador por sua conduta inadequada. 

Caso 2

O funcionário de uma empresa da Região Sul se referiu a colegas de trabalho como maria-chuteira e maria-gasolina em suas redes sociais. As mensagens geraram questionamentos não somente entre os colegas, mas também fora da companhia.

Caso 3

Em 2012, um funcionário de uma concessionária de automóveis no interior de São Paulo foi demitido após curtir no Facebook comentários feitos por um ex-colega que ofendiam a loja e uma sócia da empresa.

Caso 4

Em 2018, um funcionário de uma companhia aérea foi demitido após publicar, durante a Copa do Mundo, um vídeo em que constrangia mulheres russas, coagindo-as a repetir frases obscenas em português.

O que diz a lei nesse caso? 

Conforme a lei, o empregador pode aplicar a penalidade mais grave ao empregado que extrapola os limites em seus comentários em redes sociais, isto é, a demissão por justa causa, por trazer consequências para a empresa.

Fontes: Data Reportal, Época Negócios, Agência Brasil, Extra, Exame, Custódio & Goes Advogados