HACKEANDO A… COP28

Chega ao fim mais uma edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. A COP28, sediada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, concentrou os líderes globais de 140 países e despertou o interesse dos decisores de todo o mundo, ansiosos pelas resoluções voltadas à preservação ambiental e ao enfrentamento das transformações climáticas.

As edições da COP também representam uma oportunidade única para o setor privado participar ativamente da formulação das políticas climáticas, apresentando perspectivas, recomendações e propostas.

É inegável o impacto direto dessas discussões no modelo de negócio das empresas, que estão cada vez mais conscientes do papel que desempenham no fortalecimento dos pilares de ESG. Além disso, tais debates moldam o posicionamento das companhias, que compreendem a importância da adoção de práticas sustentáveis não apenas para o planeta, mas também para sua própria reputação.

Por isso, estivemos atentos a todas as discussões e, agora, compartilhamos alguns insights que observamos durante o evento.

“Chegou o momento de adotar a máxima ambição e a máxima flexibilidade. Estamos numa corrida contra o tempo. No nosso mundo fraturado, a COP28 pode mostrar que o multilateralismo continua a ser a nossa melhor esperança para enfrentar os desafios globais.”

António Guterres, secretário-geral da ONU

“Para responder à urgência desse desafio, precisamos saber o que empresas, investidores e governos estão fazendo para combater as mudanças climáticas.”

Miriam Garcia, diretora de engajamento político do CDP, organização que mapeia emissões de gases de efeito estufa

“O Brasil é o país que mais reduziu emissões de carbono em 2023. Eu não tenho dúvida de que o mundo do carbono vai gerar muitas oportunidades se o país souber aproveitar o momento. O pessoal descobriu que as florestas não são o pulmão do mundo [os oceanos fazem esse papel], mas elas são o grande ar-condicionado do planeta.”

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama

Momento crucial para o futuro

A COP28 aconteceu em meio a um momento considerado crucial para que a humanidade consiga reduzir as emissões de carbono até 2030, freando a crise climática e cumprindo o Acordo de Paris, que limita o aumento da temperatura média global a menos de 2°C, preferencialmente, a 1,5°C, em comparação com os níveis pré-industriais.

Ausência dos EUA e China

Joe Biden e Xi Jinping, presidentes dos EUA e da China, não estiveram presentes no maior evento de discussão climática. No momento em que o mundo discute as alterações no clima, a ausência dos maiores poluidores põe em xeque os acordos que devem sair do relatório final da COP28, de acordo com especialistas.

Foco em energia limpa
Enquanto fechávamos este material, o relatório final da COP28 não havia sido divulgado. De toda forma, as prévias sugerem que os países tomem medidas para triplicar a capacidade de energia renovável em nível mundial e que acelerem os esforços para criar sistemas para zerar as emissões líquidas de carbono. A expectativa é que os líderes mundiais assinem um compromisso para a eliminação dos combustíveis fósseis.

Atores brasileiros presentes
O Brasil teve recorde de participantes e é dono da maior delegação do evento. Isso é um sinal importante da relevância que o tema tem para os diversos stakeholders nacionais: governo federal, estados, setor privado e sociedade civil. O país assinou, ainda, a “Declaração Conjunta para Apoio ao Financiamento da Transição Justa e Verde-energética”, uma iniciativa para colaborar com a promoção da transição energética verde e justa em nosso território.

Prontos para a COP30

No fim de 2025, teremos a COP30 em Belém (PA), com todos os olhos do mundo voltados para o país. É uma grande oportunidade para que empresas locais — e as filiais de multinacionais com atuação no Brasil — possam destacar avanços na pauta sustentável, assim como processos de governança e transparência. Na RPMA, estaremos ao lado dos nossos clientes nessa jornada!